O dia 7 de maio do ano 1861
nascia em Calcutá Robindronath Tagore, o último de catorze irmaos, todos eles
grandes filósofos, músicos, educadores, literatos e intelectuais. Igual que
fazia Risco, eu quero lembrar em tam sinalada data, o mesmo que em anteriores
anos, à mais importante figura, junto com Gandhi, que nos deu a todo o mundo a
Índia. E o fago fazendo uma importante proposta à minha cidade de Ourense, aos
seus cidadaos e às diferentes autoridades políticas, académicas e culturais.. O
que nom deixa de ser uma autêntica utopia, depois da degradaçom de todo tipo
que está a sofrer a nossa cidade nos últimos tempos. Deixando cair monumentos,
associaçoes, mosteiros, edifícios nobres e um largo etcétera. Nom recuperando
na sua íntegra o edifício do Banco de Espanha e deixando que as casas de Risco
e Otero na rua da Paz, as compre um catalam. Por isto nom tenho a mais mínima
esperança de que o projecto que apresento vaia poder ser no futuro realidade. E
bem que me gostaria que o fosse! Em Barcelona foi criada há vários anos Casa
Ásia, hoje tambem com um espaço em Madrid. Esta entidade, que depende do
Minstério de Asuntos Exteriores, e conta com ajudas dos concelhos e das comunidades
autonómicas onde está instalada, leva para a frente o relacionamento cultural,
económico, comercial e educativo com todos os países de Ásia e do Pacífico. Em
outubro de 2006 foi inaugurada em Valhadolid a Casa da Índia. Eu pronunciei
precisamente uma conferência sobre Tagore com motivo da sua abertura. Esta
entidade, responsável das relaçoes culturais e económicas entre Índia e
Espanha, depende da Embaixada da Índia e conta com o apoio do concelho e da
universidade da capital castelhana, que banha o rio Pisuerga. Ao largo do ano
desenvolve um importante programa de actos relacionados com o grande país
asiático, que lhe da enorme vida à cidade. E, se Barcelona-Madrid têm Casa
Ásia, e Valhadolid Casa da Índia, nom poderia ter Ourense Casa de Bengala?
A formosa, rica e fértil terra de
Bengala, um verdadeiro e verde vergel, abrange os territórios do estado indiano
de West Bengal, com 83 milhoes de habitantes e com capital em Calcutá
(Kolkata), e o país independente de Bangladesh, com uma populaçom superior a 167
milhoes, que tem a Daca como capital. Ambos territórios, com idioma comum
chamado Bangla e a mesma étnia, foram infelizmente separados à força polos
británicos em 1905. Se fosse criada a denominada “Casa de Bengala”,
teria que cobrir o relacionamento com ambos países, a Bengala Ocidental da Índia e a Oriental de Bangladesh,
ou “País de Bengala”.
A sua figura mais importante, em todos os ámbitos da cultura e da educaçom, foi Tagore, enormemente venerado por todos os bengalís, tanto de Ásia, como da diáspora do Reino Unido, USA e Canadá. Eu, que som muito apreciado polo
governo da Índia e o do estado de West Bengal, assim como polo da naçom de
Bangladesh, contando com a amizade do seu actual embaixador em Madrid, Dr. Md.
Saiful Amin Khan, proponho criar Casa de Bengala em Ourense. Para isso seria
necessário dispor dum edifício nobre da cidade, de entre os muitos dos que há
abandoados, e que teriamos que recuperar. Ademais de ser a sede de Casa de
Bengala, seria tambem fantástico estabelecer em ele um Centro Tagore. Entom eu
donaria de forma totalmente gratuíta a minha excelente biblioteca dedicada a
esta grande figura de Bengala e do mundo. Tal centro poderia coordenar-se com
os demais Centros Tagore que existem no mundo. Para fazer uma rede e
intercambiar actividades, concertos, exposiçoes, ciclos, amostras, teatro,
cinema...sobre Tagore e Bengala. Tomando como Centro coordenador o
Museu-Arquivo-Biblioteca Tagore de Santiniketon, poderiam, e deveriam, entrar
na rede os centros Tagore de Londres (UK), Toronto (Canadá), Venezia (Centro
Studi Tagore na Itália), Urbana (Illinois-USA), Berlím (Alemanha), Budapest
(Hungria), Daca (Bangladesh) e os dous, “Rabindranath
Tagore Centre” e “Tagore Research Institute”, de Calcutá (Kolkata). Em tam formoso projecto para a minha querida
cidade, estou sempre aberto a todo tipo de sugestoes, e nom teria inconveniente
em dedicar tempo e esforços, totalmente de graça, à iniciativa que proponho.
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