viernes, 16 de septiembre de 2016

Casa de Bengala e Centro Tagore




O dia 7 de maio do ano 1861 nascia em Calcutá Robindronath Tagore, o último de catorze irmaos, todos eles grandes filósofos, músicos, educadores, literatos e intelectuais. Igual que fazia Risco, eu quero lembrar em tam sinalada data, o mesmo que em anteriores anos, à mais importante figura, junto com Gandhi, que nos deu a todo o mundo a Índia. E o fago fazendo uma importante proposta à minha cidade de Ourense, aos seus cidadaos e às diferentes autoridades políticas, académicas e culturais.. O que nom deixa de ser uma autêntica utopia, depois da degradaçom de todo tipo que está a sofrer a nossa cidade nos últimos tempos. Deixando cair monumentos, associaçoes, mosteiros, edifícios nobres e um largo etcétera. Nom recuperando na sua íntegra o edifício do Banco de Espanha e deixando que as casas de Risco e Otero na rua da Paz, as compre um catalam. Por isto nom tenho a mais mínima esperança de que o projecto que apresento vaia poder ser no futuro realidade. E bem que me gostaria que o fosse! Em Barcelona foi criada há vários anos Casa Ásia, hoje tambem com um espaço em Madrid. Esta entidade, que depende do Minstério de Asuntos Exteriores, e conta com ajudas dos concelhos e das comunidades autonómicas onde está instalada, leva para a frente o relacionamento cultural, económico, comercial e educativo com todos os países de Ásia e do Pacífico. Em outubro de 2006 foi inaugurada em Valhadolid a Casa da Índia. Eu pronunciei precisamente uma conferência sobre Tagore com motivo da sua abertura. Esta entidade, responsável das relaçoes culturais e económicas entre Índia e Espanha, depende da Embaixada da Índia e conta com o apoio do concelho e da universidade da capital castelhana, que banha o rio Pisuerga. Ao largo do ano desenvolve um importante programa de actos relacionados com o grande país asiático, que lhe da enorme vida à cidade. E, se Barcelona-Madrid têm Casa Ásia, e Valhadolid Casa da Índia, nom poderia ter Ourense Casa de Bengala?


A formosa, rica e fértil terra de Bengala, um verdadeiro e verde vergel, abrange os territórios do estado indiano de West Bengal, com 83 milhoes de habitantes e com capital em Calcutá (Kolkata), e o país independente de Bangladesh, com uma populaçom superior a 167 milhoes, que tem a Daca como capital. Ambos territórios, com idioma comum chamado Bangla e a mesma étnia, foram infelizmente separados à força polos británicos em 1905. Se fosse criada a denominada Casa de Bengala, teria que cobrir o relacionamento com ambos países, a Bengala Ocidental da Índia e a Oriental de Bangladesh, ou País de Bengala. A sua figura mais importante, em todos os ámbitos da cultura e da educaçom, foi Tagore, enormemente venerado por todos os bengalís, tanto de Ásia, como da diáspora do Reino Unido, USA e Canadá. Eu, que som muito apreciado polo governo da Índia e o do estado de West Bengal, assim como polo da naçom de Bangladesh, contando com a amizade do seu actual embaixador em Madrid, Dr. Md. Saiful Amin Khan, proponho criar Casa de Bengala em Ourense. Para isso seria necessário dispor dum edifício nobre da cidade, de entre os muitos dos que há abandoados, e que teriamos que recuperar. Ademais de ser a sede de Casa de Bengala, seria tambem fantástico estabelecer em ele um Centro Tagore. Entom eu donaria de forma totalmente gratuíta a minha excelente biblioteca dedicada a esta grande figura de Bengala e do mundo. Tal centro poderia coordenar-se com os demais Centros Tagore que existem no mundo. Para fazer uma rede e intercambiar actividades, concertos, exposiçoes, ciclos, amostras, teatro, cinema...sobre Tagore e Bengala. Tomando como Centro coordenador o Museu-Arquivo-Biblioteca Tagore de Santiniketon, poderiam, e deveriam, entrar na rede os centros Tagore de Londres (UK), Toronto (Canadá), Venezia (Centro Studi Tagore na Itália), Urbana (Illinois-USA), Berlím (Alemanha), Budapest (Hungria), Daca (Bangladesh) e os dous, Rabindranath Tagore Centre e Tagore Research Institute, de Calcutá (Kolkata). Em tam formoso projecto para a minha querida cidade, estou sempre aberto a todo tipo de sugestoes, e nom teria inconveniente em dedicar tempo e esforços, totalmente de graça, à iniciativa que proponho.

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